EIS QUE TRAGO O QUE SABE O NÃO MANIFESTO
LUCY, o filme.
O filme “Lucy”, de Luc Bresson, indica muito
claramente o que vimos dizendo aqui durante anos, ou
seja, não somos o corpo ou a mente, somos a Pura
Consciência. A frase, quase ao final do filme, “Estou
em toda parte”, é, por assim dizer, categórica.
Existe, a todo momento no filme, e é, em
verdade, o mote para o roteiro, a referência ao fato de
que o ser chamado humano sobre a face da Terra, só
chega a usar 10% de sua capacidade cerebral. Na ficção
apresentada, há um processo de preenchimento até
100%, o que culmina com o desaparecimento da
personagem e a sua “redução” a um…Pen?.
Metáfora extraordinária para o fato de que a
mente haverá de ser absorvida no Todo, para Saber-se
Consciência?
Ainda quase ao término, declara-se:”Sem o
tempo, não existimos”. O que é verdade, tenho dito; se
não somos Consciência pura, se somos só no tempo e o
tempo é a ilusão de uma bolha prestes a ser
estourada com um peteleco, somos alguma coisa?
E, finalmente, a frase que encerra o filme:”A
vida nos foi dada há milhões de anos.Agora, já sabem o
que fazer com ela.”
Sabemos? Ninguém, com sofrível
entendimento e até crendo um credo, pode negar que
a mente das crianças é formatada pelo outro. A
criançinha é maravilhosamente vazia, nos confins do
inicio, e pai e mãe, ou quem seja, a vão preenchendo
de símbolos, proibições e, é claro, dores. Sabe o ser
chamado humano o que fazer com isso?
A frase quase final do filme, “Estou em toda
parte”, responde a todos os credos, sejam eles válidos
ou não, e se encontra, só para dar um exemplo, em
Douglas Harding ou Richard Lang:(1)”Somos espaço de
acolhimento para o Mundo”, ou “Olho de um só olho;
de fato, de um espaço sem fim.”
É isso: Às vezes, na massa compacta de ilusão,
a Consciência mete a cabeça através da porta
entreaberta e espreita.
LIN DE VARGA
(1) (La Via Senza Testa)