EIS QUE TRAGO O QUE SABE O NÃO MANIFESTO

QUEM SABE, OLHAR DO SILÊNCIO?

É tão esmagadora a noção de que somos no tempo, para tudo o que fazemos ao nível da mente e no que se chama de vida em sociedade, que a noção de ser sem a intenção humana é deslumbrante e faz com que nasçamos do não criado.

Isso é a libertação, a Iluminação, e agradeço por ter sido “lembrado” pelo Universo.  As palavras são sempre limitantes: Ao usar a palavra “lembrado”, não se está falando de algo de fora, mas uma escolha interna pela libertação do ego.

Sem tempo, o ego se asfixia.

Com efeito, se vocês dissessem  antes, eu não acreditaria. O Zen fala, claramente, desse fenômeno. De repente, a relva, a colina ou as montanhas, são como nunca antes vistas. Ou, por outro, são vistas, novamente, como você as via originariamente.  Essa é a experiência do satori.

Há um segredo além do gesto, dentro do movimento do gesto que se dissolve no ar, no próprio mistério. Isto não se alcança,  isso se É.

A maior invenção do homem, qual foi?O avião? A luz elétrica?O computador?A cura de algumas doenças? O cinema ( Cara invenção para a solidificação do ego)?

Não. A maior invenção do homem foi o tempo. Ele o inventou para ter uma vida suportável, condicionada em parâmetros pelos quais se guiar, para saber quando acordar e quando dormir e poder, assim, sobreviver à “acachapante” realidade do Universo.

Quando você se dá conta disso, você se liberta.

Há uma perfeição no mais íntimo, uma perfeição indiscutível que nos faz parte do Universo, claro nessa inteireza e composição.

Quero me Penitenciar,   totalmente, por ter escrito:””A frase de Sartre “O inferno são os outros”, nunca foi tão cheia de dualidade. O inferno é o ego dentro de nós.””(neste site, dia 9-12-2014). O ego é o outro dentro de nós, todos os outros. Não me lembro de um contexto para essa frase de Sartre( Ou se não havia e era só abrangente), não vou mais procurá-lo, mas ela, por si só, não transmite dualidade, olhando-se de fora.

O sol é uma bomba que está explodindo. Nossas vidas são muito curtas para que o percebamos.

Não tem a ver com os animais não comer carne. Tem a ver com as estrelas.

Há um ponto de silêncio em nós, onde não há ação, e de onde tudo se olha e em tudo se percebe a inconstância (ou mudança). As chuvas virão e passarão; os terremotos virão e passarão; nada fica para sempre.

Mesmo se um bólido atingir a Terra e a destruir totalmente, mesmo se uma bomba atômica o fizer, ainda assim, a Terra veio e passou.

Você estava lá, olhando de seu silêncio.

LIN DE VARGA

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