ABRIR A MÃO

“O despertar nos faz experimentar a Presença absoluta ou o estado além do ego, mas ver uma vez essa dimensão transcendente da Consciência, não é suficiente; em seguida, convém estabilizar essa experiência até que ela se torne natural.
Não haverá nenhum processo na visão ela mesma, pois a Pura consciência está além do tempo, mas haverá sim na estabilização.

Quando a dualidade do sujeito e do objeto nos recapturar e nos recolocar na forma de vida separada e limitada, a prática do despertar consiste em livrar-se dessa dualidade, para retornar à claridade de evidência da Consciência.
No fundo, trata-se de parar de resistir à evidência, trata-se de parar de querer ser um indivíduo.

Ser alguém demanda um verdadeiro esforço em todo os instantes e um grande gasto de energia. Esse personagem é o produto de uma tensão, como um punho que nós mantivéssemos fechado.
Nós mantemos à distância de um braço um personagem fictício que nós construímos com nossas memórias e nossas expectativas e que encobre a abertura da Consciência. Como essa abertura é absolutamente evidente e ímpar, não reconhecê-la exige de nossa parte um enorme trabalho de distração, de desatenção.
Não é de surpreender que ficamos felizes de ir para a cama, à noite. Nós podemos, enfim, largar nossas máscaras e defesas e descansar na Presença.

Todavia, cabe a nós abrir a mão e relaxar na grande vacância da Presença.”
Jose Le Roy
Texto exemplar de Jose Le Roy ao qual atribuo grande importância; tanto, que o reproduzo também na língua natal do autor, logo aí adiante.
“Parar de querer resistir à evidência…”
“Ser alguém demanda um verdadeiro esforço…”
“Esse personagem é o produto de uma tensão…”
“Essa abertura é absolutamente evidente e ímpar…”
“…Um enorme trabalho de distração, de desatenção…”Já pensaram nisso? “Um trabalho de desatenção.”?
Espero que possa ser um surgir de claridade também para vocês.
Lin de varga

#vocejafoianalisado.com

8 mai 2018
Ouvrir la main
L’éveil nous fait expérimenter la Présence absolue ou l’état au-delà de l’ego.

Mais voir une fois cette dimension transcendante de la conscience ne suffit pas ; ensuite il convient de stabiliser cette expérience jusqu’à ce qu’elle devienne naturelle. Il n’y aura aucun progrès dans la vision elle-même, puisque la pure conscience est au-delà du temps, mais il y en aura un dans sa stabilisation. Quand la dualité du sujet et de l’objet nous ressaisit et nous replonge dans le mode de vie séparée et limitée, la pratique de l’éveil consiste à se dégager de cette dualité pour retrouver la clarté de l’évidence de la conscience. Au fond, il s’agit de cesser de résister à l’évidence, il s’agit de cesser de prétendre être un individu.

Être quelqu’un demande un véritable effort de tous les instants et une grande dépense d’énergie. Ce personnage est le produit d’une crispation, comme un poing que nous tenons serré.

Nous maintenons à bout de bras un personnage fictif que nous construisons avec nos mémoires et nos attentes et qui voile l’ouverture de la conscience. Comme cette ouverture est absolument évidente et imparable, ne pas la remarquer exige de notre part un travail énorme de distraction, d’inattention.

Il n’est pas étonnant dès lors que nous soyons heureux d’aller nous coucher le soir : nous pouvons enfin déposer nos masques et nos défenses et nous reposer dans la Présence.

Mais il ne tient qu’à nous de relâcher la main, et de nous détendre dans la grande vacance de la Présence, maintenant.

José Le Roy

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